AVABRUM se reúne com AMIG para ampliar debate sobre mineração responsável 10 de outubro de 2025
Encontro discutiu transparência, fiscalização e desafios dos municípios mineradores, com foco especial em Brumadinho.
A AVABRUM visitou, nesta quarta-feira (8/10) a sede da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (AMIG) em Belo Horizonte para uma reunião que reforçou a necessidade de ampliar o diálogo sobre mineração responsável, ética e segura. A entidade foi representada pela presidente Nayara Porto e pelas diretoras Kenya Lamounier e Jacira Francisca, que participaram de uma conversa marcada pela busca de pontos de convergência e pelo compromisso em fortalecer a luta por práticas mais transparentes e justas no setor.
O consultor técnico da AMIG, Waldir Salvador, apresentou um panorama dos desafios enfrentados pelos municípios mineradores, com destaque para a fiscalização da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM). Ele lembrou que, embora os municípios tenham conquistado o direito de fiscalizar as declarações das mineradoras, a cobrança efetiva continua a cargo da Agência Nacional de Mineração. Nesse cenário, novas plataformas digitais, custeadas pelas cidades, devem aprimorar a transparência sobre quem paga e quanto paga de CFEM, a fim de assegurar maior retorno para os territórios.
“Esse é um passo importante para que possamos reduzir distorções e garantir que os recursos cheguem de forma correta aos municípios. Mais do que números, estamos tratando da qualidade de vida de milhares de pessoas que dependem de uma mineração justa e transparente”, afirmou Salvador.
A reunião também abordou preocupações com os impactos sociais e econômicos da mineração, como o aumento do custo de vida nas cidades mineradoras, e questões ambientais ligadas à gestão de pilhas de estéril e à qualidade do ar nas comunidades vizinhas. Para a AMIG, a missão é oferecer suporte técnico e fomentar instrumentos que permitam aos municípios enfrentar esses desafios de maneira qualificada, sem interferir na gestão dos prefeitos.
Brumadinho esteve no centro das discussões, não apenas pela memória dos impactos sofridos, mas como símbolo da urgência de transformação. Foi ressaltada a importância de preparar as cidades para o futuro, com diversificação econômica e exigência de planos consistentes das empresas, de modo que a exploração mineral se traduza em desenvolvimento sustentável e benefícios concretos para a população.
A agenda conjunta entre AVABRUM e AMIG abre espaço para ampliar a participação dos municípios no debate nacional sobre mineração, fortalecer mecanismos de controle e consolidar uma visão de atividade mineral que respeite a vida, proteja as comunidades e promova o equilíbrio entre economia e sociedade.
“Seguiremos firmes nesse diálogo para que Brumadinho e os demais municípios mineradores possam ser exemplos de uma nova forma de relação com a mineração, em que a vida esteja sempre em primeiro lugar”, destacou Nayara Porto.
Sobre o Projeto Legado de Brumadinho:
A AVABRUM – Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos do Rompimento da Barragem Mina Córrego Feijão tem o Projeto Legado de Brumadinho como suporte de ações institucionais e na construção da memória (para que nunca mais aconteça). O Legado de Brumadinho integra os projetos do Comitê Gestor DMC (Dano Moral Coletivo) com recursos pagos a título de indenização social ao MPT pelo rompimento da Barragem da Vale em Brumadinho que ceifou a vida de 272 pessoas.
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Encontro discutiu transparência, fiscalização e desafios dos municípios mineradores, com foco especial em Brumadinho.
A AVABRUM visitou, nesta quarta-feira (8/10) a sede da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (AMIG) em Belo Horizonte para uma reunião que reforçou a necessidade de ampliar o diálogo sobre mineração responsável, ética e segura. A entidade foi representada pela presidente Nayara Porto e pelas diretoras Kenya Lamounier e Jacira Francisca, que participaram de uma conversa marcada pela busca de pontos de convergência e pelo compromisso em fortalecer a luta por práticas mais transparentes e justas no setor.
O consultor técnico da AMIG, Waldir Salvador, apresentou um panorama dos desafios enfrentados pelos municípios mineradores, com destaque para a fiscalização da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM). Ele lembrou que, embora os municípios tenham conquistado o direito de fiscalizar as declarações das mineradoras, a cobrança efetiva continua a cargo da Agência Nacional de Mineração. Nesse cenário, novas plataformas digitais, custeadas pelas cidades, devem aprimorar a transparência sobre quem paga e quanto paga de CFEM, a fim de assegurar maior retorno para os territórios.
“Esse é um passo importante para que possamos reduzir distorções e garantir que os recursos cheguem de forma correta aos municípios. Mais do que números, estamos tratando da qualidade de vida de milhares de pessoas que dependem de uma mineração justa e transparente”, afirmou Salvador.
A reunião também abordou preocupações com os impactos sociais e econômicos da mineração, como o aumento do custo de vida nas cidades mineradoras, e questões ambientais ligadas à gestão de pilhas de estéril e à qualidade do ar nas comunidades vizinhas. Para a AMIG, a missão é oferecer suporte técnico e fomentar instrumentos que permitam aos municípios enfrentar esses desafios de maneira qualificada, sem interferir na gestão dos prefeitos.
Brumadinho esteve no centro das discussões, não apenas pela memória dos impactos sofridos, mas como símbolo da urgência de transformação. Foi ressaltada a importância de preparar as cidades para o futuro, com diversificação econômica e exigência de planos consistentes das empresas, de modo que a exploração mineral se traduza em desenvolvimento sustentável e benefícios concretos para a população.
A agenda conjunta entre AVABRUM e AMIG abre espaço para ampliar a participação dos municípios no debate nacional sobre mineração, fortalecer mecanismos de controle e consolidar uma visão de atividade mineral que respeite a vida, proteja as comunidades e promova o equilíbrio entre economia e sociedade.
“Seguiremos firmes nesse diálogo para que Brumadinho e os demais municípios mineradores possam ser exemplos de uma nova forma de relação com a mineração, em que a vida esteja sempre em primeiro lugar”, destacou Nayara Porto.
Sobre o Projeto Legado de Brumadinho:
A AVABRUM – Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos do Rompimento da Barragem Mina Córrego Feijão tem o Projeto Legado de Brumadinho como suporte de ações institucionais e na construção da memória (para que nunca mais aconteça). O Legado de Brumadinho integra os projetos do Comitê Gestor DMC (Dano Moral Coletivo) com recursos pagos a título de indenização social ao MPT pelo rompimento da Barragem da Vale em Brumadinho que ceifou a vida de 272 pessoas.
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